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Research | Pesquisar artigos de Cosmovisão

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A teologia cristocêntrica de J. C. Ryle


"É muito ruim estar sem dinheiro ou sem saúde, ou sem teto, ou sem amigos. Porém, pior ainda é estar sem Cristo".

Quem foi J.C. Ryle? Se ainda não teve a oportunidade de saber quem foi, veja esta biografia resumida no blog Belverede.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Por que a Folha de São Paulo é opositora da Operação Lava Jato?

@SF_Moro | https://bit.ly/34tpnjW 
Faz muito tempo que eu não compro a Folha de SP em banca. E não faço questão alguma de pagar pelo conteúdo online dessa redação. A informação que chega a mim sobre a produção de conteúdo da Folha chega por terceiros. Leio-a raramente. Esporadicamente. Aleatoriamente. Nada é resultado de uma atração.

Não sou mais atraído pelas matérias da Folha. Por quê? Entre outros, mostro agora dois motivos:

• Em determinado momento, senti que quase tudo ali está contaminado pelo vírus do radicalismo esquerdista, porém, quase sempre exposto com hipocrisia, para não afastar o Leitor moderado e inteligente.

• Só os loucos contratam mentirosos prejudicá-los.
.
Recentemente, uma pessoa ex-petista fanática, agora avessa ao PT, professora universitária, que está em minha rede de contato no Facebook, comentou sobre uma matéria escrita pelo articulista Rogério Cezar de Cerqueira Leite.

Pesquisei e encontrei algo a respeito, no site Jus Brasil. [*]
 “A corrupção é quase que apenas um pretexto. Moro não percebe, em seu esquema fanático, que a sua justiça não é muito mais que intolerância moralista. E que por isso mesmo não tem como sobreviver, pois seus apoiadores do DEM e do PSDB não o tolerarão após a neutralização da ameaça que representa o PT.”
Moro respondeu, assim:
“Lamentável que um respeitado jornal como a Folha conceda espaço para a publicação de artigo como o "Desvendando Moro", e mais ainda surpreendente que o autor do artigo seja membro do Conselho Editorial da publicação. Sem qualquer base empírica, o autor desfila estereótipos e rancor contra os trabalhos judiciais na assim denominada Operação Lava Jato, realizando equiparações inapropriadas com fanático religioso e chegando a sugerir atos de violência contra o ora magistrado. A essa altura, salvo por cegueira ideológica, parece claro que o objeto dos processos em curso consiste em crimes de corrupção e não de opinião. Embora críticas a qualquer autoridade pública sejam bem-vindas e ainda que seja importante manter um ambiente pluralista, a publicação de opiniões panfletárias-partidárias e que veiculam somente preconceito e rancor, sem qualquer base factual, deveriam ser evitadas, ainda mais por jornais com a tradição e a história da Folha.”
O ataque a Sérgio Moro, em sua atuação como juiz na Operação Lava Jato, faz com que fiquemos pensando no motivo que leva um jornalista a escrever algo que faça o Leitor perder tempo. Por que produzir algo com objetivo de atrapalhar a atividade que prendeu muitos indivíduos “lesa-pátria”?

Comparo jornalistas com o atleta que corre a maratona. Só o corredor que ultrapassa a linha de chegada é vitorioso, não importa qual seja a posição em que chegou. E o maratonista que fica pela metade do circuito da corrida? Fracassou.

O jornalista, mesmo que não publique um furo de reportagem em toda a sua carreira profissional, só é considerado vencedor se realmente reportar a verdade do fato. Quem reporta meia verdade, mesmo que atuante no ofício durante 1000 anos e nunca se aposente, é fracassado. Não merece prêmio porque correu fora do circuito oficial do evento.

Considero digno de honra o profissional da imprensa que emite notas de retificação. Retificar mostra que o jornalista tem espelho moral, sabe que o Leitor merece respeito. Consigo admirar gente que sabe dizer “errei, me desculpe” e evidencia os detalhes do fato com a mesma proporção que propagou o equívoco. Admiro-os, inclusive aqueles com perfil ideológico contrário ao meu.

E.A.G.
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* Moro responde a ataque da Folha de São Paulo: 'preconceito e rancor' - https://bit.ly/2Dtlu2m

sábado, 6 de abril de 2019

Atriz Alycia Milano afirma que a Bíblia apoia o aborto e pastor a desmente

Quem é  Alyssa Milano? Ela nasceu em  19 de dezembro de 1972 no Brookln, bairro de Nova York, Estados Unidos. Filha de um editor de música e cinema e de uma desenhista de moda, é produtora, atriz, cantora e ativista política em favor do partido Democrata, ativista em campanhas da UNICEF e causas femininistas e LGBT.

De ascendência italiana, foi criada como uma cristã da igreja católica romana. Começou a representar aos sete anos no teatro, em 1985. No mesmo ano, participou de um filme de Arnorld Swarzenegger como sua filha. Fez diversos comerciais para a televisão quando ainda era criança. Gravou três discos sendo o primeiro aos dezessete anos, mas não se dedica mais a carreira musical, segue com a interpretação cênica em seriados de televisão.

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Bíblia e ciência apoiam o aborto, diz atriz; Escritor cristão rebate equívocos 

No Twitter, Alyssa fez publicações tentando conciliar a Bíblia e a ciência para apoiar sua posição pró-aborto. “Eu amo a Deus. Eu acredito em Deus. Mas não acredito que minhas crenças pessoais, que não podemos confirmar, devam anular os fatos científicos e o que podemos confirmar. ‘Se eu lhe disse coisas terrenas e você não acredita, como você pode acreditar se eu lhe disser coisas celestiais?’ João 3:12”, escreveu a atriz, sugerindo que a gravidez não seja marcada pela existência, desde o início, de uma vida humana.

O escritor e apresentador de rádio Michael Brown publicou um artigo no portal The Christian Post para contrapor as ideias de Alyssa Milano, e afirmou que “infelizmente, ela está errada em ambas as questões”.

“A Bíblia e a ciência, corretamente entendidas, são totalmente pró-vida”, afirmou Brown. “Quanto ao amor dela por Deus e sua crença em Deus, isso é entre ela e Deus. Pelo menos ela não está negando a existência d’Ele. Esse é um passo na direção certa”, ponderou.

“Quanto à sua citação da Bíblia, ao tirar as palavras do contexto, na realidade, funcionou contra ela. Fico feliz por ela achar que citar a Bíblia é importante. Nós concordamos! É só que ela não poderia ter escolhido duas testemunhas piores para defender o ‘direito’ ao aborto. Repetindo: tanto a Bíblia quanto a ciência, corretamente entendidas, são pró-vida”, enfatizou o escritor.

Em seguida, Michael Brown começou sua explicação sobre os equívocos cometidos pela atriz: “Vamos começar com as Escrituras. Primeiro, a Palavra ensina que Deus cuidadosamente e amorosamente nos formou no útero (Salmo 139:13-16); em segundo lugar, ensina a personalidade do bebê no útero (Lucas 1:41-42); terceiro, ensina o destino potencial de cada criança no útero (Gênesis 25:23; Jeremias 1:5; Gálatas 1:15)”, elencou o escritor.

A abundância de argumentos usados por Brown formou uma extensa listagem no artigo: “Quarto, ensina a importância de cuidar do ‘menor destes’, dos mais vulneráveis e feridos (Mateus 18:1-6, 10; 25:31-46); quinto, nos ensina a defender o inocente sendo levado ao abate (Provérbios 24:11-12); em sexto lugar, ensina-nos que Deus odeia o derramamento de sangue inocente, especialmente de bebês (ver, por exemplo, Jeremias 7:30-34; 17: 1-6; Provérbios 6:17)”.

Em meio à argumentação, Brown destacou que “as Escrituras também ensinam que Jesus morreu por todo pecado que cometemos – incluindo o pecado do aborto – e nos oferece perdão através da cruz”, num recado às pessoas que estiveram envolvidas em um aborto e se arrependem.

Sobre a ciência, o escritor perguntou: “O que exatamente ela tinha em mente?”. “A ciência ensina que o bebê no útero é simplesmente um aglomerado de células ou uma massa de tecido? Ensina que o feto não é humano até deixar o útero? Que não tem coração pulsante? Que não tem DNA único? Que não pode sentir dor (em um certo ponto de desenvolvimento)? Que isso pode ser deixado de lado por toda e qualquer razão? Quais ‘fatos científicos’ apoiam o aborto? Alguém pode citar um?”, criticou.

“O bebê é humano e a ciência confirma isso. Mais importante, o próprio Deus, o doador da vida, confirma isso. E essa pequena vida é preciosa à sua vista. Alguém pode realmente olhar na face de Jesus e vê-lo participando de um aborto? Alguém pode vê-lo dando aprovação a um bebê sendo fatiado, queimado ou sugado até a morte? É Alysa Milano que está entendendo mal ambas as coisas terrenas (aqui, ciência, mas novamente, este não é o ponto que Jesus estava falando em João 3:12). Não é de surpreender que ela também esteja entendendo mal as coisas espirituais”, avaliou o escritor.

Atualmente, Alyssa Milano já colheu mais de 100 assinaturas de atores para seu protesto contra a forte lei pró-vida do estado da Geórgia. “Com efeito, eles assinaram seus nomes contra a vida, contra a ciência e contra a Palavra de Deus. Eles estão verdadeiramente do lado errado da história, do lado errado da verdade, do lado errado da compaixão. Que Deus volte seus corações e abra suas mentes, como fez com muitos outros campeões pró-aborto do passado”, clamou Brown.

E.A.G.

Fonte: Bíblia e ciência apoiam o aborto, diz atriz; Escritor cristão rebate equívocos https://noticias.gospelmais.com.br/atriz-biblia-ciencia-aborto-escritor-equivocos-110495.html 

terça-feira, 2 de abril de 2019

Escritório em Jerusalém não é recuo mas planejamento de mudança paulatina, afirma Pastor Malafaia para BBC Brasil

Pastor Silas Malafaia, acompanhado do colega Claudio Duarte.
Apoio político durante disputa eleitoral ao Planalto.

Escritório em Jerusalém não é recuo e sim plano de mudança ‘paulatina’ de embaixada, diz Malafaia.

O anúncio do governo brasileiro de que vai abrir um escritório comercial em Jerusalém não deve ser visto como um recuo da promessa de mudar embaixada para a cidade sagrada, considera o pastor Silas Malafaia, e sim como parte de uma estratégia de promover a ação "paulatinamente".

"Não foi o João ou o Manoel que me disse isso, foi o presidente. Ele falou, 'olha, Silas, eu vou fazer essa mudança paulatinamente. Não vou fazer de uma vez porque não tem necessidade e nem tem pressa. O Donald Trump levou nove meses para transferir a embaixada, não vou ser eu que vou fazer em cem dias'", relata o pastor, liderança evangélica e amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

No primeiro dia de sua visita oficial a Israel, Bolsonaro anunciou a abertura de um escritório para promoção do comércio, investimento, tecnologia e inovação em Jerusalém. A medida é vista como um recuo em relação à promessa de campanha de transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém, a exemplo do que fizeram Estados Unidos e Guatemala.

A mudança teria efeito equivalente ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, posição defendida pelo governo israelense mas rechaçada pela comunidade internacional enquanto não houver acordo com os palestinos.

A cidade é considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos, e sua parcela oriental, ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, é reivindicada também como capital de um futuro Estado Palestino. A ONU reconhece a dualidade de Jerusalém e considera a presença de Israel na parte oriental da cidade - parte de expressiva maioria árabe da população, como território ocupado.

A comunidade evangélica brasileira deseja a mudança da embaixada por motivos religiosos, e não geopolíticos - mas a promessa gerou um embaraço diplomático entre o Brasil e países árabes, e o temor de que poderia gerar embargos e sobretaxas a exportações brasileiras.

Países árabes e muçulmanos são grandes compradores de produtos agropecuários, sobretudo a carne halal, de frango e bovina, produzida conforme os preceitos islâmicos, também são vendidos a países árabes açúcar e milho.

Malafaia, entretanto, defende a mudança, e argumenta que o Brasil é "independente e soberano" para apoiar a escolha de Israel e fixar sua embaixada em Jerusalém.

"Acho que o Brasil não tem nada a perder, e não vai perder (com a mudança)", opina o pastor, minimizando o atrito que a mudança poderia gerar com os países árabes, e a preocupação de impacto negativo sobre exportações brasileiras para a região.

"Aí vão comprar de quem? Vão comprar onde? Vão retaliar o quê?", ironiza o pastor, aludindo à dificuldade que os países árabes teriam para substituir as importações brasileiras. O Brasil é atualmente o maior exportador mundial de carne halal.

"Não vamos ser subservientes. Não é o Brasil nem ninguém de fora que define a capital de um Estado soberano", diz Malafaia em entrevista à BBC News Brasil, dando pouca importância a uma eventual ruptura com a postura defendida pela ONU. "Quem diz amém para tudo que a ONU fala? Eu não conheço", diz o pastor.

Em maio do ano passado, quando a embaixada americana foi realocada para Jerusalém, protestos na Faixa de Gaza se estenderam por semanas e deixaram dezenas de mortos, a maioria palestinos. Até então, Tel Aviv era sede de todas as representações diplomáticas mundiais. A mudança adotada pelos EUA foi seguida apenas pela Guatemala por enquanto. Depois das promessas feitas por Bolsonaro, a medida "permanece em estudo", de acordo com o Itamaraty.

Após contagem de votos, que apontou-o como novo presidente do Brasil
Jair Bolsonaro agradece evangélicos e recebe oração de Silas Malafaia
 na Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).

BBC News Brasil - O anúncio do governo de instalar um escritório comercial em Jerusalém, e não a embaixada brasileira, é visto com decepção pela comunidade evangélica? 

Silas Malafaia - O Bolsonaro falou comigo sobre isso recentemente. Não foi o João ou o Manoel que me disse isso, foi o presidente. Ele falou, "olha, Silas, eu vou fazer essa mudança paulatinamente. Não vou fazer de uma vez porque não tem necessidade e nem tem pressa. O Donald Trump levou nove meses para transferir a embaixada, não vou ser eu que vou fazer em cem dias".

Ele me falou: "Eu vou fazer (a mudança da embaixada) porque essa é a verdade. Aquilo lá é a capital eterna e indivisível desses caras". Jerusalém nunca foi capital de Estado árabe na História. Foi fundada pelo rei Davi 3 mil anos atrás. É a soberania de uma nação (Israel). Não somos nós que temos que dizer onde eles têm que colocar sua capital.

E vocês vejam o que Bolsonaro fez lá e que ninguém faz, indo com o primeiro-ministro (de Israel, Benjamin Netanyahu) visitar o Muro das Lamentações. Vejam a ousadia do camarada.

BBC News Brasil - O senhor acredita que não houve um recuo?

Malafaia - Não tem recuo nenhum. Ele falou para mim que vai fazer por etapas. Ele não está abrindo o escritório dizendo que esta é a decisão final. Ele vai fazer paulatinamente.

Se você analisar a personalidade do Bolsonaro, vai ver que aquilo em que ele crê ideologicamente ninguém tira desse cara. Ele pode fazer recuos estratégicos por causa de política de governo, ok. Agora, aquilo que faz parte da convicção dele... Aí, minha filha...

Pode escrever aí que o pastor Silas está fazendo uma aposta. Quem disser que Bolsonaro está arregando ou dando um passo atrás abrindo esse escritório vai passar vergonha no futuro.↓4 BBC News Brasil - Mas a mudança significaria uma ruptura do Brasil com a postura neutra adotada pela comunidade internacional no Oriente Médio, e poderia gerar atrito com países árabes.

Malafaia - Que atrito? Eles vão deixar de comprar o quê, por acaso?

BBC News Brasil - Os países árabes têm parcerias importantes com o agronegócio brasileiro. Importam açúcar, carne, milho...

Malafaia - Mas aí vão comprar de quem? Vão comprar onde? Vão retaliar o quê? Para mim, isso tudo é papo. Isso tudo faz parte do jogo político. O Brasil é independente e soberano. Não vamos ser subservientes. Não é o Brasil nem ninguém de fora que define a capital de um Estado soberano. Israel é uma nação soberana e tem direito de escolher sua capital. Acho que o Bolsonaro reconhecer isso não é mais do que reconhecer aquilo a que o país tem direito.

Acho que o Brasil não tem nada a perder, e não vai perder (se mudasse a capital para Jerusalém). Não estou nem falando de um viés espiritual sobre Israel, que é a nossa crença, e sim na soberania de um Estado escolher sua capital. E na soberania de uma nação (o Brasil) de escolher se reconhece ou não. Quem é que obedece a toda resolução da ONU? Quem diz amém para tudo que a ONU fala? Eu não conheço.

Para fazer isso (mudar a capital), tem que ter peito, tem que ser audacioso. O Bolsonaro vai ter que ser macho para fazer. Eu acho que ele é. Não estou falando de masculinidade. Estou falando de ser corajoso. O que marca uma liderança é a coragem.

BBC News Brasil - Mas e se o recuo for definitivo e a mudança não ocorrer?

Malafaia - É importante que aconteça. Se não ele vai entrar naquela de outros governantes, que prometem coisas e não fazem. Não fomos nós que exigimos. Foi ele que prometeu fazer isso.

Se for para voltar atrás é melhor não prometer, não é? Por que fazer promessa se não vai cumprir? Eu acho que vai ficar chato para ele se ele não cumprir. Os evangélicos tiveram um peso forte em sua eleição. É uma comunidade para ele pensar direitinho.

BBC News Brasil - Por que a relação com Israel e a mudança da embaixada é tão importante para a comunidade evangélica?

Malafaia - É importante para nós porque é uma promessa que está na Bíblia. Está lá no livro de Gênesis, quando o Senhor diz para Abrãao, que é o pai de Israel: "Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei os que te amaldiçoarem".

BBC News Brasil - A promessa de mudar a embaixada para Jerusalém ajudou Bolsonaro a obter apoio evangélico nas eleições? 

Cremos que quando uma nação abençoa Israel, ela é abençoada. Cremos nisso por princípio de fé. Cremos que uma posição de Bolsonaro a favor de Israel vai abençoar a nossa nação e o seu governo. Isso é um princípio para o mundo evangélico, para o mundo cristão, para quem obedece a Bíblia.↓4 BBC News Brasil - A promessa de mudar a embaixada para Jerusalém ajudou Bolsonaro a obter apoio evangélico nas eleições?

Malafaia - Não. Isso não foi exigência da comunidade evangélica. O Bolsonaro disse espontaneamente que reconhecia Jerusalém como capital, e nós da comunidade evangélica aplaudimos, porque temos uma visão espiritual sobre Israel.↓4 Nenhum líder evangélico condicionou isso ao apoio. Não conheço uma liderança evangélica que botou a faca no pescoço desse cara (o Bolsonaro) para dizer que, se ele não fizesse isso, não teria o nosso apoio. Veio dele espontaneamente, e teve o nosso apoio. Foi promessa de campanha dele para o mundo evangélico.

BBC News Brasil - Estamos chegando aos cem dias do governo Bolsonaro depois de uma semana conturbada, marcada por discussões com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O apoio evangélico sofreu algum abalo?

Malafaia - Ele continua tendo o apoio dos evangélicos. Mas ainda está cedo para falar sobre o governo Bolsonaro. O cara pegou um Estado em crise, com 14 anos de governo de desastre de corrupção.

Leva um tempo até ele ver quem é quem, até aprendiz de presidente tomar as rédeas da máquina. Eu acho uma covardia estúpida cobrar do cara com cem dias de governo. Ele está promovendo uma mudança de eixo, de paradigma. Então vai gerar crise, vai gerar atrito, até acertar. Vai cair ministro. Isso para mim é normal.

Divulgação.

BBC News Brasil - Mas a crise no MEC, a lei orçamentária aprovada às pressas pela Câmara essa semana, desdobramentos como esses não são graves para o governo?

Malafaia - Não acho, não. Todo mundo sabe que toda a política do Brasil era de toma-lá-dá-cá, desde a época do Fernando Henrique Cardoso. Dava-se ministério em troca de apoio político. O Bolsonaro não fez isso.

Então o que estamos vendo não é rusga, é guerra de poder. Aquilo que todo mundo queria e reclamava, o cara está fazendo. Então estão reclamando de que?

BBC News Brasil - Os parlamentares estão reclamando de falta de diálogo, de negociação, de articulação política...

Malafaia - Eu acredito que ele tem que melhorar muito no diálogo político. Ele tem que aprender. Está errando, vai ter que acertar coisas. Não estou dizendo que ele acertou todas.

Mas como é que vai se cobrar energicamente de um cara? Qual é a acusação, camarada? Ele não está fazendo aquilo que a sociedade brasileira pedia? Ele não fez acordos com partidos dando ministérios. Isso não é vantagem?

Então vai ter crise. Porque ninguém dá poder de graça. Não estou dizendo que ele está acertando tudo. Vai ter que dialogar mais e ter um viés politico. Mas acredito que ele tem muito boa vontade e desejo de acertar.

BBC News Brasil - O governo tem diferentes grupos de influência - a ala militar, a equipe econômica, os filhos do presidente, Olavo de Carvalho... Essas influências têm sido equilibradas, a seu ver?

Malafaia - Eu acho que o Olavo de Carvalho tem uma influência maior do que o tamanho dele. Mas eu aprendi uma coisa. Cada um ouve quem quer. Eu não vou brigar com o Bolsonaro porque está ouvindo mais o João ou o Manoel. Ele que tem que saber quem interessa para ele.

BBC News Brasil - E a participação de seus filhos no governo?

O vereador do Rio Carlos Bolsonaro, filho do presidente,
 é alvo de críticas por sua participação no governo federal.
Malafaia - Eu não acho que eles têm um peso grande. Filho é filho, tem uma influência. Os garotos são até bem-intencionados. Querem ver o governo do pai se dar bem. De vez em quando exageram. Porque tudo que eles falam tem o peso de vir do filho do presidente.

Tudo na vida tem um preço a pagar. Você tem filhos políticos, então qualquer deslize o pau vai comer. Eu acho que os garotos do Bolsonaro cometem alguns erros, mas querem ver o Brasil melhor. E não estão nomeando todo mundo. Os caras mais fortes no governo são os militares.

BBC News Brasil - Os evangélicos têm sido ouvidos pelo governo?

Malafaia - De nós, evangélicos, podem falar o que quiser. Nós fomos o peso da eleição de Bolsonaro. E quem é que nomeamos? Eu não conheço. A Damares (ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) é evangélica, é uma mulher inteligente, tem sua competência. Mas sua escolha não teve nada a ver com a bancada evangélica. O cara político mais próximo dele era o (pastor evangélico e ex-senador) Magno Malta, e não ganhou cargo nenhum.

Eu acho o Bolsonaro certo na questão do toma-lá-dá-cá, mas acho também que quem vence vai compartilhar o poder com quem é aliado. Isso é democrático. Isso não é corrupção.

Então se militar nomeia, é a nova política. Se os filhos nomeiam, é nova política. Mas se um deputado indica alguém é ladrão? Eu não sou dessa opinião. Todo político é ladrão, e só militar que é honesto? Ou só é honesto se for da família? Eu não concordo. Acho que política se faz assim: destes cargos eu não abro mão, mas esses eu posso dar politicamente para compor a minha base. Não acho que isso seja corrupção.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47763132 

sábado, 23 de março de 2019

Rodrigo Maia faz birra infantil querendo barganhar a aprovação da Reforma da Previdência

RODRIGO MAIA, Presidente da Câmara dos Deputados. ameaça deixar a articulação da pauta Reforma da Previdência. Acompanhe com atenção esta atitude irresponsável, eleitor. Ele está usando a necessidade de aprovação da reforma em troca de interesses próprio? Anote, para não esquecer quando ele aparecer pedindo voto outra vez. O assunto é sério e ele faz birra infantil, talvez porque esteja acostumado com a policagem do toma-lá-da-cá, que Bolsonaro prometeu em campanha não fazer.

Gente assim tem que ser varrida do meio político.


terça-feira, 5 de março de 2019

Marco Feliciano denuncia “intolerância religiosa promovida com dinheiro público”


O deputado federal Marco Feliciano (Pode/SP) manifestou sua contrariedade com a maneira como a escola de samba Gaviões da Fiel retratou Jesus sendo “derrotado” pelo diabo durante o desfile no Carnaval deste ano.


O assunto foi um dos mais comentados nas redes sociais nos últimos dias e gerou indignação de evangélicos e católicos que viram uma afronta à sua fé. O coreógrafo da escola, Edgar Júnior, chegou a dizer na televisão que o seu objetivo era “chocar” e “mexer com a fé”.

No vídeo divulgado por Feliciano em suas redes sociais, o pastor lamenta que “peças carnavalescas foram usadas para vilipendiar, humilhar, destruir e profanar os símbolos cristãos”. Chamando o desfile da Gaviões de “heresia”, classificou de “ataque gratuito e desnecessário” à fé de 88% dos brasileiros, sendo, portanto, “inadmissível”.

“O meu Jesus não precisa de defesa, ele é a própria justiça. Mas eu tenho todo direito de ficar indignado e como legislador, isso não é o que quer o povo que represento”, asseverou.

Terminou lembrando que há financiamento público para festas populares e que ele, como legislador, “ensejará esforços” para que essa prática acabe e o Carnaval não seja mais financiado pelos pagadores de impostos.


"Inadmissível! Não podemos nos calar diante de situações como esta!"
(Marco Feliciano)

 www  .  facebook.com/  PastorMarcoFeliciano/ 


Fonte: Gospel Prime - https:// bit.ly/ 2HhpZjR

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Parlamentares pedem liberdade de pregação e direito de recusar fazer casamento gay

Bancada evangélica vai apresentar projeto para especificar e delimitar lei da homofobia.

A bancada evangélica, com parlamentares da Câmara e do Senado, pretende apresentar projeto especificando o que seria passível de punição no caso de o Supremo Tribunal Federal (SFT) criminalizar a homofobia. A ação está sendo julgada desde o último dia 13/02, e já tem dois votos favoráveis.

Por enquanto, a ação está suspensa pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que disse não poder confirmar quando o julgamento sobre a criminalização da homofobia deve ser retomado na Corte, afirmando apenas que isso ocorrerá “provavelmente” neste semestre.

O julgamento da ADO 26 foi suspenso com quatro votos favoráveis a enquadrar a homofobia como uma forma de racismo. O julgamento foi suspenso com quatro votos favoráveis a enquadrar a homofobia como uma forma de racismo.

Pelo atual ordenamento jurídico, a tipificação de crimes cabe ao Poder Legislativo, responsável pela criação das leis. O crime de homofobia não está tipificado na legislação penal brasileira.

Até o momento, Celso de Mello, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso votaram a favor da criminalização da homofobia pelo Judiciário, na forma do crime de racismo, diante da “omissão do Congresso”.

Ainda devem votar os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e o próprio Toffoli.

Continuar pregando

Para a bancada evangélica, há consenso de que agressões, físicas ou verbais, não serão toleradas. Mas os parlamentarem querem preservar a liberdade religiosa de se negarem a realizar uniões homoafetivas ou para poderem continuar pregando que relação entre pessoas do mesmo sexo é pecado.

Antes, porém, a bancada vai aguardar o resultado no STF para “modular” o que vier do Judiciário.

Um representante da bancada evangélica e um líder religioso receberam sinalização do Palácio do Planalto de que o governo apoiará a iniciativa.

Para o núcleo mais próximo de Jair Bolsonaro não é bom provocar abalos sísmicos na relação com os evangélicos no momento em que o governo busca apoio para alterar a Previdência.


Opinião deste blogueiro:

STF se destaca mal outra vez ao legislar no lugar da Câmara dos Deputados

É de causar asco saber que um Ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou que a Câmara dos Deputados é omissa. Se sim ou não é outro assunto.

Não é à toa que muitos brasileiros consideram que o Supremo Tribunal Federal deixou de ser uma instituição séria e digna de respeito. A maioria dos casos a serem julgados lá caminham na mesma velocidade dos passos da tartaruga. Pode ser impressão errada, mas parece que se os casos não tiverem nomes famosos envolvidos e não existir a cobertura da imprensa no andamento deles, então os casos são postos na vala da protelação.

Apesar da morosidade no andamento de casos que estão em espera prolongada no STF, os Eminentes Ministros se ocupam demoradamente com pautas que são da competência de Deputados Federais e Senadores.

Ora, apenas os parlamentares são de fato representantes dos brasileiros no que tange a criar e modificar leis. Então, eles que legislem, pois são representantes legítimos da Nação para fazer isso.

Os Ministros do #Supremo, embora sejam grandes autoridades em leis, não são agentes da Legislatura. Para legislar, seria mais bonito que antes eles pedissem saída do exercício da #Magistratura e enfrentassem o pleito eleitoral, provassem que o povo os quer legislando através dos números de votos que o cidadão de bem lhes deu. Se escolhidos pelo povo para trabalharem no Legislativo, na Câmara ou #Senado, os ministros do STF teriam autoridade moral para estipular leis. E eu vibraria em ver qualquer um dos ministros tendo no seu bojo o meu voto!

Será que começamos a colocar bugalhos na panela? Que sabor esse veneno tem?

Opinião publicada originalmente no perfil pessoal hospedado no Facebook em 21 de fevereiro de 2019 às 21h23.

E.A.G.

Belverede

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